Salinidade por satélites?
O uso de dados obtidos através de satélites tem sido cada vez mais utilizado para estudos científicos que visam compreender os processos oceânicos e sua relação com eventos climáticos.
O avanço tecnológico tem ajudado muito a aumentar o conteúdo de informações trazidas por esses instrumentos. Quem diria que um dia seria possível medir a salinidade dos oceanos a partir de um satélite?
Em junho de 2011, a Agência Espacial Americana (Nasa) lançou o satélite Aquarius, que tem como principal objetivo medir a salinidade dos oceanos. Até o lançamento desta missão, os dados de salinidade dos oceanos eram medidos apenas em amostras locais (in situ) com o auxílio de navios de pesquisa ou bóias. Já o Aquarius, que mede a salinidade da superfície dos oceanos a partir de um radiômetro (instrumento que quantifica a energia emitida pelos corpos), trará informações em perspectiva global.
O conhecimento de valores de salinidade é importante pois pode ajudar a compreender os padrões de circulação das correntes marinhas e consequentemente, associá-las à estudos de variabilidade climática.
Após um ano em missão, os primeiros mapas de salinidade dos oceanos globais foram produzidos. Apesar desses novos dados conterem incertezas, essas diminuirão com o passar do tempo, a medida que novos ajustes e novas calibrações serão realizadas.